Bairros às margens do Rio Tietê, como Vila Japão e Jardim Fiorello, ficaram alagados. Número total de desalojados é 128.
O Centro de Atendimento à Melhor Idade (Cemi), em Itaquaquecetuba, ainda abriga nesta terça-feira (11) 28 das 95 pessoas que tiveram que sair de suas casas por causa de alagamentos causados pela chuva que começou no domingo (9). O restante, de acordo com a administração municipal, está nas casas de parentes.
O acumulado de chuva em 24 horas em Itaquaquecetuba foi de 124 mm, com pontos de alagamento nos bairros Vila Japão, Vila Maria Augusta, Jd. Fiorello, Estrada do Bonsucesso, Vila Sônia, Parque Piratininga.
Há ainda outras 33 pessoas desalojadas, de acordo com a Prefeitura, por causa de deslizamentos em três bairros: Parque Macedo, Morada Feliz e Ribeiro. Esses moradores também estão nas casas de parentes.
No Cemi, de acordo com a administração municipal, as vítimas recebem água, comida, colchões e itens de higiene pessoal.
Durante a manhã desta terça-feira (11), vários pontos da cidade continuavam alagados. Na Avenida Almiro Dias, no Jardim Itaquá, os carros retornavam na pista por conta da água que invadiu a via.
Prejuízos e Transtornos
Na Vila Japão, a Defesa Civil usa barcos para resgatar quem está preso em casa. A Vila Japão sofre todo ano com constantes enchentes. A água sobe rapidamente.
Na segunda, alguns moradores enfrentaram a água na altura da cintura, mas eles já esperavam que a água chegasse à altura dos números das casas.
Medidas adotadas pelo Estado
O secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, afirmou que equipes trabalham em várias áreas, inclusive na barragem da Penha, para conter os danos.
“Todo o trabalho na barragem da Penha é feito de uma maneira a controlar o fluxo da água que vai para o Tietê em seu caminho natural e controlando também com relação à cota do nível dos bairros”, diz. “Não existe nenhuma irresponsabilidade de reter água para que se promova enchente”, afirma.
O secretário afirma que a chuva foi excessiva em toda Região Metropolitana de São Paulo e que os sistemas de drenagem não conseguiram suportar. “A barragem, ela funciona justamente para garantir esse fluxo, abrindo e fechando de uma maneira que, tanto a jusante como a montante, se mantenha o equilíbrio. Estamos aí com toda uma grande problemática hoje, buscando manter esse equilíbrio”, afirma Penido.
O trabalho, de acordo com a secretaria, esse trabalho será feito até que a situação se normalize. “Todo esse trabalho de abertura, fechamento de comporta, bombeamento será feito ininterruptamente até que a gente possa retornar à posição de tranquilidade no entorno dos rios”, diz.
De acordo com o secretário, em longo prazo, há inclusive um projeto para construir um piscinão em Itaquaquecetuba.
“Foi feito um grande trabalho na várzea do Rio Tietê. Este ano conseguimos junto a todos os comitês de bacias uma parceria para obtenção de mais recursos para desassoreamento. Os desassoreamentos entram em licitação no dia 14 de fevereiro, com os recursos viabilizados. Tem que se fazer a manutenção. Para Itaquaquecetuba, exite uma tentativa junto a Prefeitura para que consiga concluir um projeto de um piscinão para a região”, concluiu o secretário.